O circo de Londres e a urgência de eleger Lula 

* Por Marcello Riella Benites

Impressionante como os militantes bolsonaristas em Londres, no dia 19 de setembro, gritavam "Vai pra Cuba!" e "Comunista!" em situações totalmente fora de contexto. Apesar de que não há contexto racional para essas expressões em si. Mas, nesse caso do funeral da rainha, se expõem a um ridículo tão absurdo a ponto de ficar claro que não sabem porque estão berrando aquilo. 

Será que é porque não sabem inglês, e não entendem o que os ingleses Indignados estão dizendo a eles? Como essas pessoas foram parar lá? Não que falar inglês seja alguma vantagem civilizatória para quem deixa o Brasil. Mas torna mais vexatório ainda o papel de quem vai a um país alheio para fazer campanha eleitoral de um presidente candidato à reeleição grosso e mal-educado no funeral de uma amada monarca. 

Agora, se aqueles brasileiros dominam o idioma inglês, a sua falta de noção é fruto de uma inconsciência voluntária, portanto, gravemente imoral, antiética e - problema apenas para eles que se intitulam "cristãos" - de uma incoerência evangélica inaudita.

Claro que não podemos esquecer que a coroa britânica deu início e protagonizou as maiores dominações, invasões e genocídios imperialistas que continuam (sic) até hoje com as demais potências, EUA à frente. 

Mas posta uma ordem mundial onde, pela democracia e pela resistência, todos podem buscar em diferentes medidas a felicidade, o que Bolsonaro e seus "inocentes úteis" seguidores produziram em Londres foi uma excrecência nas relações internacionais e uma falta de respeito e caridade cristã (pois, como já dissemos, "cristãos" eles se dizem) com uma grande líder britânica e mundial. Foi um mico histórico que dificilmente será superado e que manchou para sempre a nossa reputação na comunidade das nações.

Por essas e outras, queremos que, como disse Lula um dia, o fascismo "volte para os porões da história, de onde nunca deveria ter saído", especialmente esse neofascismo bolsonarista.Por essas e outras, queremos, mais do que nunca, com todas as nossas forças:QUE SEJA NO PRIMEIRO TURNO. LULA LÁ!

* Marcello Riella Benites, autor do livro "A origem da Mídia Ninja no discurso dos jornalistas", é membro do Coletivo de Jornalistas de Macaé (RJ) e Região e realiza a pesquisa "Enfrentamento da Crise da Profissão de Jornalista" no Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - Uenf.