Integrantes do projeto Enfrentamento da Crise da Profissão de
Jornalista (Enprojor) reivindicam como função da categoria a
colaboração para a democracia. Eles defendem a exigência do
diploma e a sindicalização como formas de empoderamento e união
por melhores condições de trabalho e renda. O grupo, formado por
jornalistas do Norte Fluminense, reuniu-se on-line no dia 10 de
janeiro, pela terceira vez.
Comentando
a atuação da imprensa para repelir os atos terroristas de 8 de
janeiro em Brasília, Bruno Pirozi falou de amadurecimento. "Com
todas as críticas que sofremos, vamos ficar mais fortalecidos e
cumprir o papel que nós jornalistas temos na sociedade, na
construção da democracia", afirmou ele, que trabalha na
assessoria de imprensa da Prefeitura de Rio das Ostras.
Exigência
do diploma
"O
diploma de jornalismo continua sendo indispensável para evitar as
aberrações das fake news ocorridas com a eclosão das redes
sociais, para a gente oferecer uma interpretação adequada dos
fatos", argumenta Gerson Dudus, professor de comunicação da
Faculdade Católica Salesiana de Macaé (Facsma) e jornalista da
Secretaria de Cultura no mesmo município..
E
Bruno Pirozi recorda: "O curso de jornalismo ampliou muito as
minhas perspectivas. Eu lembro das cadeiras de sociologia, ciência
política, história do Brasil. Colegas sem essa formação não têm
noção de sociedade, não sabem perguntar".
A
exigência do diploma para exercer a profissão foi extinta no dia 17
de junho de 2009 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). É possível
conhecer detalhadamente os erros dessa decisão, consultando o site
da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj):
https://fenaj.org.br/artigos-sobre-o-diploma/.
Sindicato,
ABI e Fenaj
"Eu
quero é estar no sindicato, nos lugares de decisão, onde eu vou
poder reivindicar melhores condições para a minha categoria",
defende Michelle Gomes. "Precisamos travar nossas lutas coletivas,
buscar nossos direitos", completa Andréa Pessanha. Jornalistas
autônomas e também servidoras públicas em Rio das Ostras e Macaé,
respectivamente, elas apoiam a participação em entidades como a
Fenaj e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Pesquisa
Ação
O
projeto Enfrentamento da Crise da Profissão de Jornalista (Enprojor)
é uma pesquisa de doutorado realizada por Marcello Riella Benites,
no Programa de Pós-Graduação em Cognição e Linguagem (PGCL) da
Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), de Campos dos
Goytacazes (RJ).
Marcello
é jornalista da Câmara Municipal de Macaé, mestre pelo PGCL e
autor do livro "A origem da Mídia Ninja no discurso dos
jornalistas". Ele utiliza a metodologia da Pesquisa Ação, em que
integrantes de uma "comunidade de pesquisa e prática" buscam
solucionar problemas comuns.
Serviço
Projeto
Enfrentamento da Crise da Profissão de Jornalista (Enprojor)
Participação
livre
Encontro
on-line: 11/04/2023
Horário:
19h
Contato:
marcellobenites@hotmail.com
ou 22 99832-9028 (WhatsApp)